Esse vinho é produzido no Piemonte pela Beni di Batasiolo, que já teve um Barbera e um Chardonnay comentados aqui no blog. Esse Barbaresco é produzido com 100% uvas Nebiollo, das variedades Michet, Lampia e Rosé, com passagem de 12 meses por barricas de carvalho e igual período em garrafa. As uvas são provenientes de colinas próximas à aldeia de Barbaresco. Vermelho rubi, com boa transparência. Lacrimonso. Muito aromático. Complexo. Frutos muito maduros, geléia, compota, chocolate e café. Na boca é intenso, com bons taninos, que ainda vão ficar mais redondos com um tempo em garrafa. Corpo mediano, mas grande presença. Final repetindo fruta compotada e tostado.
Vinho sério, gastronômico, maduro e, repito, boa complexidade. Digno representante da elegância do Velho Mundo. Álcool aparecendo de leve (14%), boca muito seca e final longo. Vai amaciar certamente em 2-3 anos. Pela garrafa paga-se algo em torno dos R$95-100.
2 comentários:
Caro amigo!!!
Uma vez fui numa loja de vinhos, muito fina aqui no ABC Paulista, onde moro, e o rapaz muito novo um menino que era o atendente me disse uma frase muito marcante que eu guardo até hoje “Vinho é uma viajem sem volta” depois de um tempo a entendi, e vejo que você, meu amigo, esta dentro dela no seu mais forte entender, começou com vinhos até (40) reais e depois de um tempo se perdeu. Amigo o preço do vinho aqui nesse país tupiniquim é simplesmente inadmissível e por vários e menores motivos, e é por isso que com penar vejo você e outros blogs que se vislumbraram com aromas, nuances e “frescuras”, que inicialmente você não as tinha, e por isso meu amigo, de quem por mais que relute sempre te acompanha, pelo bom gosto quer dos vinhos quer das músicas, que te digo: Cuidado com esse mundo menor que o vinho pode e sempre tenta a nos levar!
Um fraterno e grande abraço
Caro Marcos,
vejo todas as críticas como oportunidades de crescimento, ainda mais quando são formuladas com educação, como foi seu caso.
Recebo a crítica e a aceito, mas quero dizer a você e a todos que lerem esse comentário que minha intenção não é tornar esse blog mais elitista, por mais que o vinho nos leve a isso.
O fato de estar comentando vinhos mais caros do que aqueles do início é, na minha opinião, algo natural. É que no início eu apenas comentava o que bebia no dia-a-dia e minhas escolhas não levavam muito em consideração o blog.
Mas com o crescimento do número de visitas, seguidores etc, senti necessidade de deixar o blog mais diversificado. Confesso que por inúmeras vezes vejo um vinho que gosto bastante mas não compro, porque já foi comentado no blog e quero escrever sobre novos vinhos.
Talvez o meu problema seja esse: as escolhas passaram a considerar o "potencial de publicação" para o blog. Daí apostar em vinhos diversificado e, por vezes, acima do limite inicial que estabeleci no início (R$40).
Quanto ao preço, acho natural que nossa curiosidade seja cada vez maior e isso implica em querermos conhecer vinhos que há algum tempo talvez nem pensássemos em beber.
Confesso que por vezes fico imaginando se um vinho de 100 ou 150 reais cai bem no meu blog, mas acabo afastando a dúvida por conta de algumas razões:
- sou eu quem compro meus vinhos. Mantenho minha independência, que é meu único "patrimônio" nessa vida de blogueiro.
- quando participo de degustações, oportunidades raras na minha região, acredito não posso deixar de participar os leitores do blog. Natural, portanto, que vinhos caros apareçam, mas não porque os adquiri, mas porque bebi 50ml deles.
- os vinhos mais caros que comento são normalmente presentes que ganho. Deixei de ganhar CDs e gravatas há muito tempo. Ganho vinhos.
- mais um detalhe: os preços aqui em Minas Gerais são mais altos do que em outros Estados, graças a uma carga tributária que deve ser a mais alta do universo!
Enfim, espero ter minimizado suas impressões negativas e continuo contando com suas visitas e comentários.
Abraço e saúde!!!
VPT
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