O vinho não tem passagem por madeira. A expectativa de guarda é até 2015. |
No calor sacrificante que tem feito aqui no cerrado brasileiro os espumantes e vinhos brancos têm tomado conta de nossas taças. O álcool dos tintos fica ainda mais evidente quando harmonizados com os termômetros marcando mais de 30ºC.
Esse vinho branco vem do Alentejo, importante região de Portugal, e tem a assinatura do enólogo Luis Duarte. A vinícola, Herdade dos Grous, foi fundada em 1987 e possui uma grande extensão de terras (593 hectares) de onde saem as uvas para a elaboração de 400 mil garrafas/ano.
Consultando o site da vinícola não encontrei esse rótulo, mas um outro vinho branco elaborado com as mesmas uvas e nas mesmas proporções (veja aqui). Talvez, por uma questão mercadológica qualquer o vinho foi rotulado com outro nome para o Brasil. Espero, aliás, que seja essa a explicação e não o envio para nós de um vinho inferior, já que nosso país aceita de tudo quando falamos de vinhos importados!
No corte entram uvas tradicionais da região: Antão Vaz (50%), Arinto (30%) e Roupeiro (20%), sem passagem por madeira, apenas tanques de aço inox, e teor alcoólico de 13%.
Na taça a cor é um dourado claro. Aromas intensos de frutos brancos, especialmente abacaxi, mas com lembrança também de banana, o que é algo comum em vinhos com a uva Chardonnay. Notas minerais também aparecem.
Na boca tem bom corpo, com frutado tropical bem intenso, mas a mineralidade cresce. Acidez moderada. A uma temperatura mais alta, com o calor que fazia aqui no cerrado, ficou alcoólico. Aconselho, então, servi-lo mais gelado, na casa dos 10 graus ou até menos, se estiver calor no dia. Vinho que agradará a muitos paladares, porque tem notas adocicadas sem ser enjoativo.
Final de boa persistência, com palato marcado pela mineralidade. Enfim, um vinho muito agradável, com boa fruta e ideal para acompanhar comida.
Detalhes da compra:
Recebi esse vinho pelo ClubeW, pagando R$55, mas seu preço para os não associados é de R$65. O vinho tem boa qualidade, sem dúvida, mas se custasse menos a relação custo x benefício seria mais justa.
Saúde a todos!
3 comentários:
Acredito que o vinho em questão realmente seja o "Herdade dos Grous
Branco 2012", mas imagino que a estratégia de um outro nome se dá para cumprir um dos requisitos do ClubeW, trazer "lançamentos" de diversas partes do mundo. A propósito experimentei o vinho e tive as mesmas impressões, tanto que em um dado momento até comentei: "nossa, lembra um chardonnay".
Abs.
Paulo,
se apenas mudaram o rótulo não dá pra dizer que trouxeram um "lançamento", não é?
quanto a parecer um chardonnay, fiquei feliz em saber sua opinião, porque significa que não estava viajando quando senti essa característica.
abraço!
Gil Mesquita
Alentejo Alentejo.....
Lindo com aromas fantásticos e vinhos realmente bons.
Este por exemplo é uma obra de arte http://www.wivini.com/index.php/vinhos/scala-coeli-tinto-2008.html
Obtido a partir das melhores vinificações da colheita, utilizando castas menos tradicionais na região. Em 2008 resultou da vinificação da casta Alicante Bouschet, vindimada a 05 de Setembro. Neste dia as uvas foram cuidadosamente colhidas e levadas para a adega, onde se procedeu à maceração pré-fermentativa a frio, seguida de fermentação alcoólica à temperatura de 28ºC e de maceração prolongada. Encuba total de quarenta dias. Estagiou dezasseis meses em barricas novas de carvalho francês.
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