Esse é o 44º vinho comentado para a Confraria Brasileira de Enoblogs, cuja escolha coube ao Luis Sérgio, do blog Vitis Vinifera. Ele sugeriu a degustação desse ou outro Sauvignon Blanc produzido na África do Sul. Como eu fiquei curioso para experimentar os produtos licenciados para utilizar a poderosa marca FIFA, optei por esse vinho produzido pela Nederburg. Paguei caros R$39,90 e me arrependi. Fiquei pensando em casa: "deveria ter comprado um Two Oceans por $19,90".
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Na taça uma coloração amarelo palha, bem claro. No fundo da taça formaram-se bolhas de CO2, o que pode denotar uma falha na vinificação, já que não se trata de um frizante. É aromático, com citricidade marcante, herbáceo, demonstrando características de um SB.
Na boca é muito simples, pouco atraente. Tem boa acidez e retro-olfato marcado pela citricidade. Final curto, seco, com lembranças minerais. Minha esposa e eu não conseguimos terminar a garrafa, mesmo ela tendo uma forte preferência pelos vinhos brancos.
Álcool a 12,5% incomodando em alguns momentos. Não chega a ser um vinho ruim, mas não comprarei outra garrafa, nem mesmo quando o preço baixar com o fim da Copa.
De tudo isso fica a lição para a Copa de 2014 e para as demais: que a escolha recaia sobre vinhos que possam representar BEM o país-sede, para que a qualidade dos demais produtos não seja manchada. Um consumidor menos experiente poderia imaginar que esse vinho representa a qualidade média da África do Sul. Mas não é o caso, felizmente.
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Na taça uma coloração amarelo palha, bem claro. No fundo da taça formaram-se bolhas de CO2, o que pode denotar uma falha na vinificação, já que não se trata de um frizante. É aromático, com citricidade marcante, herbáceo, demonstrando características de um SB.
Na boca é muito simples, pouco atraente. Tem boa acidez e retro-olfato marcado pela citricidade. Final curto, seco, com lembranças minerais. Minha esposa e eu não conseguimos terminar a garrafa, mesmo ela tendo uma forte preferência pelos vinhos brancos.
Álcool a 12,5% incomodando em alguns momentos. Não chega a ser um vinho ruim, mas não comprarei outra garrafa, nem mesmo quando o preço baixar com o fim da Copa.
De tudo isso fica a lição para a Copa de 2014 e para as demais: que a escolha recaia sobre vinhos que possam representar BEM o país-sede, para que a qualidade dos demais produtos não seja manchada. Um consumidor menos experiente poderia imaginar que esse vinho representa a qualidade média da África do Sul. Mas não é o caso, felizmente.
8 comentários:
Fala Confrade,
Li seu post e achei uma coisa curiosa. Abri a mesma safra que a sua (2009) e o meu não trouxe nenhuma bolha, nenhuma mesmo. Estranho, não? Fiquei aqui pensando... Será que não houve algum problema com o seu lote? Minhas impressões também foram um pouco distintas das suas, não achei um vinhaço, mas até q não fez feio, o que pega é o preço!!
Abraços,
Gustavo
http://enoleigos.blogspot.com
Comprei um Cabernet Sauvignon antes da copa. Custou uns 30 reais, olha o que o marketing fez.
Daria 3 taças sossegado.
Gustavo, talvez algum problema no lote tenha ocorrido mesmo. Aliás, não seria bem um LOTE, mas um QUARTEIRÃO, pois foram milhões de garrafas para o mundo todo. Dificilmente a qualidade se mantém, mesmo sendo a mesma marca.
O preço me incomodou bastante mesmo. Por $39,90 temos muita coisa boa e eu não compraria novamente.
Saúde!
Lendo o que o Gustavo escreveu acima e o que a Cláudia Merquior escreveu em seu blog (Pequenos Prazeres) sobre o mesmo vinho, talvez a garrafa que comprei não estivesse em boas condições de consumo. As impressões foram muito diferentes e, embora não tenhamos o mesmo gosto (que é algo muito pessoal), sabemos reconhecer se o vinho é bem feito ou não. Talvez um dia reveja o que escrevi e compre outra garrafa para tirar a prova, de preferência em outro local pra experimentar outro lote. Mas só farei isso se o preço estiver na casa dos $20.
Saúde a todos.
Também me decepcionei com este...esperava bem mais.
este vinho ta a venda no freeshop por US$9,00!
O pinotage e o corte cab/shiraz nao excelentes e custam os mesmos 9 dolares!
abs!
Oi Gil!
Depois dá uma olhada lá no Notas Etílicas, postei sobre o Fleur du Cap. É mais ou menos na mesma faixa de preço do Nederburg, e também fabricado pela Distell.
Os pontos comuns são basicamente nariz e retro-olfato, com herbáceo, mineral e cítrico.
Mas a boca é bem equilibrada no álcool, e não mostra essa "agulha". Vale a pena pra dias quentes, e é possível achar na rede Pão de Açúcar.
Um abraço!
um enólogo muito conhecido duma grande casa portuguesa (top 3) disse-me que o futuro está na África do Sul... o pós-novo mundo... diz ele
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