16 maio 2010

Surazo Carmenère 2006

Não sei explicar, mas os vinhos Carmenère não estão entre os meus prediletos Prefiro muitas outras uvas antes dela, mas ao encontrar esse vinho por $34 resolvi experimentar, porque tive uma boa experiência com um vinho de sobremesa da Vinícola Santa Mônica, já comentado aqui (relembre). A história do enólogo, Don Emilio Solminihac, já é um atrativo para seus vinhos.
Esse exemplar é simples, mas elegante e correto, elaborado com uvas do Vale do Rappel. As informações do contrarótulo dão a entender que não passa por madeira, o que eu particularmente aprecio muito: "Este vino es una clara muestra de la tierra y clima del viñedo. Las uvas son cosechadas a mano, fermentadas y el vino embotellado rápidamente para mantener su intenso carácter frutal".

Na taça a coloração é um rubi com reflexos violáceos, com boa transparência. Aromas medianos, simples, lembrando frutos vermelhos mais delicados e notas levemente florais. Na boca é leve, com taninos finos e acidez equilibrada. Frutado e floral equilibrando forças no retro-olfato. Final mediano, com leve lembrança dos taninos e boa fruta finalizando no palato.
Vinho que teve evolução depois de aberto, ficando mais maduro, com taninos mais macios. Ótimo para quem deseja conhecer as nuances reais da uva, sem interferência da madeira. Mesmo sendo um vinho básico e com 4 anos de idade, ainda está em boa forma e pronto para consumo.
14% de álcool, sem incomodar em nenhum momento. Muito boa relação qualidade x preço.
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Um comentário:

Anônimo disse...

Não conheço o vinho, mas deu vontade.
Adoro a uva carmenere, mas o fato de não ter sido envelhecido na madeira não é prejudicial? Pergunto isso porque um amigo vive falando que vinho que não é envelhecido não é bom. Isso é verdade?

Márcia Renata
Pirapora-Minas Gerais