Não sei dizer se este Rio Sol foi o "melhor vinho tinto brasileiro" na última Expovinis. Se foi, não sei o que as outras vinícolas enviaram para os jurados. Vinho não deve ter sido!
Já escrevi sobre minhas dúvidas a respeito da possibilidade de grandes vinhos virem do Vale do São Francisco, onde a tecnologia é muito mais importante do que os fatores naturais. Não que em outras regiões não seja, mas lá a coisa parece um pouco mais forçada. Por exemplo, acho que deveriam rotular os vinhos assim: safra 2006-1 ou safra 2006-2, porque não se tem uma safra apenas, pois o clima árido permite que a irrigação (ou sua falta) seja determinante direta dos ciclos da planta.
Apesar de todos os senões, me agradou bastante um Syrah, safra 2005 (relembre). Mas este tinto 2006, um corte de cabernet sauvignon e syrah (50/50), não empolgou. Vale o que custa (em torno dos R$20), mas provavelmente não entraria na lista dos dez ou vinte melhores vinhos tintos brasileiros que experimentei.
Na taça, coloração rubi, com bordas granada. Muitas lágrimas, longas e lentas. Frutado discreto, um pouco mineral, com notas florais em segundo plano. Madeira imperceptível.
Corpo mediano, com taninos marcantes, vivos. Baixa acidez. Fácil de beber. Álcool sem incomodar (13%). Boca repetindo nariz, com mineral aparecendo.
Final curto, com fruta desaparecendo logo, prevalecendo a sensação tânica. Álcool incomodando de leve e um discreto amargor.
Vinho simples, que melhorou um pouco depois de aberto, indicando que a decantação lhe fará bem. Boa relação custo x benefício, mas sem empolgar. Ainda prefiro o Reserva Syrah da mesma vinícola.
Já escrevi sobre minhas dúvidas a respeito da possibilidade de grandes vinhos virem do Vale do São Francisco, onde a tecnologia é muito mais importante do que os fatores naturais. Não que em outras regiões não seja, mas lá a coisa parece um pouco mais forçada. Por exemplo, acho que deveriam rotular os vinhos assim: safra 2006-1 ou safra 2006-2, porque não se tem uma safra apenas, pois o clima árido permite que a irrigação (ou sua falta) seja determinante direta dos ciclos da planta.
Apesar de todos os senões, me agradou bastante um Syrah, safra 2005 (relembre). Mas este tinto 2006, um corte de cabernet sauvignon e syrah (50/50), não empolgou. Vale o que custa (em torno dos R$20), mas provavelmente não entraria na lista dos dez ou vinte melhores vinhos tintos brasileiros que experimentei.
Na taça, coloração rubi, com bordas granada. Muitas lágrimas, longas e lentas. Frutado discreto, um pouco mineral, com notas florais em segundo plano. Madeira imperceptível.
Corpo mediano, com taninos marcantes, vivos. Baixa acidez. Fácil de beber. Álcool sem incomodar (13%). Boca repetindo nariz, com mineral aparecendo.
Final curto, com fruta desaparecendo logo, prevalecendo a sensação tânica. Álcool incomodando de leve e um discreto amargor.
Vinho simples, que melhorou um pouco depois de aberto, indicando que a decantação lhe fará bem. Boa relação custo x benefício, mas sem empolgar. Ainda prefiro o Reserva Syrah da mesma vinícola.
4 comentários:
Para ficar num nacional,mais vale juntar 20,00 e comprar um SALTON TALENTO.Afinal dobrar 20,00 é bem mais simples que dobrar 100,00.
Eu o achei um tanto alcoólico!
Abraço!
também não sou muito fã dos vinhos do São Francisco. Isso não é preconceito é uma constatação. Vou experimentar o Shyraz que sempre menciona nas postagens. Valeu!
Ótimo vinho!!! O futuro do vinho tinto nacional esta no vale do sao francisco. Nao ha mais o que espremer no sul. Quase 100 anos de producao e o vale do sao francisco com pouco mais de 20 anos ja chegaram no nivel dos melhores vinhos do sul. Se nao é preconceito... é o que? O terroir do vale é bem melhor e com muito potencial. Diferente do sul que ja esta esgotado pros tintos. Bebam mais vinhos do vale do sao francisco, pois eles que daram identidade ao vinho tinto brasileiro. Somente assim o vinho brasileiro sera respeitado.
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