15 junho 2008

Chateau Bel Air Bourdeaux Supérieur AOC 2005

O Château Bel Air é um petit château pertencente à tradicional Maison Schröder & Schÿler & Cie, o mais antigo negociante de Bordeaux, fundada em 1739 e proprietária de vários outros château. Pensei comigo: achei um grande exemplar bordolês, com preço acessível (R$31, na Mistral), produtor tradicional etc. Cheguei a dizer: "se não for um ótimo vinho, desisto de procurar um francês a preço acessível".
Produzido na sub-região de Bordeaux Supérieur, é um corte apenas de cabernet sauvingon e merlot (50/50), sem o cabernet franc, que tradicionalmente está presente nos vinhos da região.
Após decantá-lo por uma hora (o produtor pede 1/2 hora, no rótulo), encontrei um vinho de coloração rubi, demonstrando jovialidade e pouco corpo. Aromas discretos a frutos vermelhos e algumas notas vegetais. Vinho leve, mas com taninos presentes e boa acidez, com retro-olfato levemente frutado. Final de boa persistência, com frutado discreto.
O vinho melhorou com a comida, mas não empolgou. Um misto de aspereza e simplicidade. Errei, mais uma vez. Não é um vinho ruim. Longe disso. Mas esperava muito mais.
A propósito, não cumprirei minha promessa. Continuarei procurando e chateando os leitores deste blog. Aceito sugestões, presentes, doações...

9 comentários:

Fivo disse...

Sou novo aqui e estou curtindo muito o site, mesmo que eu tenha gostado do JP Chenet (que me trouxe aqui) pelos motivos que vc não curtiu. Viva a diversidade. Se discordamos no JP, concordamos no Casillero (todos).

Como dica, fica:

- Concha y Toro Casillero Del Diablo - Carmenere Reserva
- Concha y Toro Terrunyo Carmenere.
- Isla Negra Cabernet-Shiraz (talvez seja difícil achar esse em Uberlândia... aqui no Rio acho no Outback e na Enoteca Fasano).

Todos Chilenos.

Abraços,

F.Ivo

Anônimo disse...

blog muito bacana e útil pra mim que tô começando a curtir o mundo dos vinhos. parabéns pela iniciativa.

Fabiana Gonçalves disse...

Essa é uma missão difícil mesmo :)Quando é para tentar um bom custo-benefício, tenho preferido me arriscar nos vinhos do Novo Mundo. Parabéns pela insistência, pois de vez em quando dá pra topar com um bom rótulo.

Já conhecia e admirava o seu blog. Também estou linkando lá no meu.

Grande abraço!

Colheita de Vinhos disse...

Olá Vinho para todos,

Postei também um Bourdeaux, mas que não me agradou, o Sichel Bourdeaux 2004.

Seguinte, estou procurando o Trivento Pinot, mas o dia que for postar o Vernus, me avise, postarei junto.

Abraços,

Guilherme

Anônimo disse...

Recomendo fortemente o JP Chenet rosé e o Marquis de Chasse, de Bordeaux.

Fernando Diniz disse...

Ola, esses dias ouvi uma entrevista do Renato Machado na Radio CBN referente ao " Vacucin" ( Vacovan ) ( bomba para retirar ar da garrafa ), e a opinião dele foi que a ultilização da bomba não garante a qualidade de seu vinho aberto por mais do que algumas horas, e andei visitando alguns restaurantes aqui em São Paulo e vi que muitos usam as bombinhas e guardam uma garrafa no temporizador com a rolha de plastico por até três dias até vende-la totalmente, degustei e percebi em alguns que não chegaram a oxidação como o Sr. Renato Machado cita na entrevista, mas 70% dos aromas dos vinhos vão embora com o ATO de retirada de ar, gostaria de saber o que o pessoal anda achando deste procedimento, estão usando muito por ai???
È sempre um prazer entrar no blog, um brinde a todos....

Administrador disse...

Fernando, essa questão é delicada, sem dúvida.
As bombas que retiram o ar da garrafa tem qualidade variável, de modo que algumas delas realmente não funcionam.
Quanto à eficácia delas, por experiência própria afirmo que de um dia para o outro o vinho ainda consegue manter suas características. Alguns, inclusive, melhoram no dia seguinte, porque o contato com o oxigênio pode funcionar como uma "decantação" para "aerar" o vinho.
Mas se o vinho tiver pouca estrutura, como um gamay por exemplo, a bomba talvez não funcione. O mesmo pode ser dito para vinhos de safras muito distantes e que já estejam na linha descendente de evolução.
Nos restaurantes o ideal continua sendo beber a garrafa toda (!), mas quando não der prefira uma garrafa de 375 ml e em último caso o vinho em taça.

Opinião sujeita à discordância dos leitores.

Saúde!

Fernanda Moura Vargas Dias disse...

Amigo enófilo,
somos novos aqui, falamos de Cachoeiro de Itapemirim - ES, desgustamos agora um Château Bel Air, 2004, Bordeaux, 70,00 reais, tivemos impressões semelhantes a sua, estamos frustrados.

Recomendamos pinot noir trivento e Shiraz obliKwa.

Confraria Fafeminel desde 2009.

Administrador disse...

Fernanda, obrigado pela visita e pelo comentário. Realmente as decepções são muitas com os Bordeaux nessa faixa de preços.

Dia 25/04/2010 será publicado um comentário meu sobre outro tinto bordalês... talvez a maior decepção de todos até aqui.

Saúde!

VPT