O que diferencia um vinho tinto europeu de um vinho do Novo Mundo? Muita coisa. Mas o fator de maior impacto, penso eu, é que os vinhos europeus são feitos para acompanharem as refeições (especialmente na Itália). Já os vinhos do resto do mundo são mais fáceis de beber, mais doces, mais redondos, prontos para serem bebidos jovens e desacompanhados de comida. Qual estilo é melhor? Os dois, dependendo da ocasião.
Eis aqui um vinho que, em seu atual estágio de evolução, apresentou características mais européias do que sul-americanas. Produzido pela Casa Valduga, dificilmente será encontrado no mercado, pois lá se foram seis safras desde sua produção. Mas comprei uma caixa depois de experimentar uma garrafa, ainda muito interessante, que esteve em boas condições de guarda. Isso reforça o que já havia escrito aqui em relação aos tintos desta vinícola: têm estrutura de taninos e acidez para suportar alguns anos, embora não se declare explicitamente que sejam "vinhos de guarda".
No copo, um rubi bonito, com bordas tendendo ao granada, demonstrando evolução. Ainda apresenta boa intensidade aromática, com evidentes frutos vermelhos, notas vegetais e a conhecida tipicidade dos merlot brasileiros. Lembrança de especiarias, dando complexidade ao vinho. Na boca está macio, com taninos presentes, mas redondos, acidez e álcool equilibrados. Retro-olfato repetindo complexidade. Final frutado e de boa persistência. Madeira muito bem integrada.
Vinho que evoluiu no copo e melhorou muito com a comida, casando bem com a gordura de um lombo suíno assado. Ficou mais doce e redondo.
Considerando a idade e sua faixa de preço (paguei R$20 pela garrafa), não há como avaliá-lo de outra forma. Ponto para o vinho brasileiro!
No copo, um rubi bonito, com bordas tendendo ao granada, demonstrando evolução. Ainda apresenta boa intensidade aromática, com evidentes frutos vermelhos, notas vegetais e a conhecida tipicidade dos merlot brasileiros. Lembrança de especiarias, dando complexidade ao vinho. Na boca está macio, com taninos presentes, mas redondos, acidez e álcool equilibrados. Retro-olfato repetindo complexidade. Final frutado e de boa persistência. Madeira muito bem integrada.
Vinho que evoluiu no copo e melhorou muito com a comida, casando bem com a gordura de um lombo suíno assado. Ficou mais doce e redondo.
Considerando a idade e sua faixa de preço (paguei R$20 pela garrafa), não há como avaliá-lo de outra forma. Ponto para o vinho brasileiro!
4 comentários:
Comprei um Casa Valduga Premium Merlot 2004 que gostei muito. No entanto, fiquei impressionado com seus comentários sobre esse 2002 e estou tentado a guardar umas garrafas por algum tempo, para ver como ficam. O que você acha?
Grande abraço,
Francisco.
Meu caro, a safra 2004 foi muito boa também. Certamente seus vinhos estão no auge, se tiverem sido bem armazenados pela loja onde comprou. Se tiver várias garrafas, faça o seguinte: abra uma a cada ano e veja a evolução do vinho. Será uma atividade muito interessante.
Saúde!!!
VPT
Pô, onde encontrou o Valduga 2002 para comprar?
Num almoço de confraternização profissional, nesta semana, não tive dúvida: apoiado pelo teste do Blog resolvi conhecer o Premium Merlot da Casa Valduga. A carta da Churrascaria Na Brasa (recomendo sempre) incluía a safra 2008. Aprovei o vinho, vou procurá-lo nas boas casas do ramo em Porto Alegre, e continuar prestigiando o vinho brasileiro. Abraços.
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