Os tintos valpolicella são produzidos (em rios) na região do Vêneto e são um corte entre as uvas nativas corvina, molinara e rondinella. Segundo os especialistas, a primeira dá personalidade ao vinho, a segunda dá acidez e a terceira o sabor. No entanto, parece que neste Valdorella, produzido em Verona, faltou de tudo um pouco, talvez pelo fato de que vinhos valpolicella são produzidos para atender a uma demanda alta por vinhos italianos, sem maior preocupação com a qualidade. Esta situação decorre de uma liberalidade do governo italiano, que nos anos 1970 permitiu a produção de muitos vinhos sem qualquer qualidade sob esta denominação DOC.
No copo, coloração vermelho vivo, denotando desde logo ter pouco corpo. Boas lágrimas, apesar dos 12% de álcool. Aromas discretos de frutos vermelhos, terra molhada e muita lembrança vegetal, lembrou muitos merlot nacionais, daqueles pouco cuidados.
Pouco corpo, muito magro. Taninos ainda vivos, mas acidez em baixa. Certa adstringência. Retrogosto aparecendo notas florais discretas. Final desinteressante e curto.
Vinho seco, um tanto rústico, mas que não foi bem com a comida, porque a única sensação deixada pelo vinho foi o álcool. Fundo de copo lembrando couro (desagradável).
4 comentários:
Já comprei duas garrafas desse vinho. Dinheirinho mal gasto, esse viu?
Este vinho já me deixou triste algumas vezes. Quando comprei (uma única vez) e quando vou a algum lugar e me servem, achando que vou gostar porque é italiano. Terrivelmente chato.
sou italiano, fiz uma pesquisa la e esta marca nao esiste... acho que foi desenvolvida so para o mercardo brasileiro... acho que este mercado ja è maturo para gastar um pouco mais e apreciar um valpolicella bem feito (Valpolicella Classico Superiore como Zeni ou Ragose)
paulo comprei 5 garrafas safra 1993. e não tomei ainda sera que joguei dinheiro fora.....
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