Esse vinho ficou guardado aqui em casa por mais de dois anos, esperando o momento ideal para ser aberto. Minha ideia era deixá-lo na adega climatizada até 2017, apenas pela curiosidade de experimentar um 100% Tannat do Uruguai aos dez anos de idade.
Mas, depois de ler o post do amigo Cristiano Orlandi, que já degustou o vinho em várias ocasiões (leia aqui), resolvi abri-lo para aproveitar seu potencial. Assim, foi degustado em setembro na companhia de amigos especiais.
O vinho é elaborado pela Bodega Dominio Cassis, localizada no Depto. de Rocha, distante 200 km a leste da capital Montevidéu. Os vinhedos estão a 10 km do Oceano Atlântico e, obviamente, sofrem influência desse clima oceânico. O início das atividades ocorreu em 1999 com o plantio dos primeiros vinhedos.
No site da vinícola - que é bem modesto, diga-se de passagem - não há informações sobre esse vinho da safra 2007. Mas, levando em consideração que a safra anterior (2002) passou 18 meses por barricas novas de carvalho francês, podemos concluir que esse vinho comentado tenha passado um tempo também considerável.
Na taça a coloração é rubi. Bons aromas, frutos vermelhos, frutos negros e chocolate. Na boca tem corpo mediano, com taninos finos, levemente rascantes ainda, mas com acidez discreta. Me causou surpresa uma acidez tão discreta, o que não é muito comum em vinhos uruguaios. Em boca a boa fruta foi acompanhada de notas florais, especialmente lírios. Final mediano, com floral no palato.
O vinho é elegante. Definitivamente não é daqueles Tannat indomáveis que lemos nos livros sobre vinhos. Está no momento certo para ser aberto (safra 2007), mas esperava mais complexidade e vocação gastronômica. Foi bem com as carnes de churrasco que servimos. Gostei do vinho, mas esperava bem mais.
Detalhes da compra:
Não é fácil encontrar o vinho, acredito que esteja esgotado na maioria das lojas virtuais, mas sua faixa de preços está entre R$110-130.
Saúde a todos!


Um comentário:
Muito bom o post ilustrando a região!
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