Esse é mais um vinho com edição limitada, fruto da pareceria entre a importadora Wine e a bodega Miguel Torres. Um outro vinho, vindo do vale do Maipo, já foi comentado aqui em maio desse ano (relembre).
Fora dessa edição especial a linha Cordillera tem os varietais Carignan,
Syrah, Carmenère, Chardonnay e um espumante brut elaborado com a Pinot
Noir.
A Miguel Torres é um importante nome do vinho espanhol, com sua história
iniciando em 1870. No Chile a história é mais recente, 1979, quando a
vinícola adquiriu uma pequena bodega em Curicó, no Vale Central. Os
primeiros 100 hectares adquiridos hoje se transformaram em 445 hectares
de vinhedos próprios. A partir de 2010 a vinícola chilena é dirigida por
Miguel Torres Maczassek, da quinta geração da família.
Enquanto o primeiro vinho provado era um corte de Merlot (85%) e Syrah (15%), com passagem de 11
meses por barricas de carvalho francês, esse é elaborado com 85% de Cabernet Sauvignon e 15% Merlot, com passagem de 9 meses por barricas de carvalho. Sua expectativa de guarda, segundo a Wine, é de 6 anos.
Na taça a coloração é púrpura, com muitas lágrimas manchando as paredes da taça. No nariz os aromas são intensos, com destaque para frutos vermelhos maduros, algumas notas lácteas e especiarias.
Em boca tem corpo mediano, muita fruta, notas adocicadas, repetição das sensações lácteas, taninos ainda vivos, um tanto rascantes e discreta acidez. Presença de um tostado proveniente das barricas. Álcool "esquentando" um pouco (14% de teor). Final mediano, com boca seca e repetição de fruta e tostado no palato.
Vinho muito bem feito, que não esconde sua origem chilena, que merece ser decantado por pelo menos 30 minutos e com boa vida pela frente. Se eu tivesse outra garrafa guardaria por mais 1 ano para aproveitar sua evolução.
Saúde a todos!

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