Esse vinho foi um presente do amigo Paulo Rabelo, que o comprou numa viagem a Monte Verde-MG. Não sei quanto pagou por lá, mas é vendido atualmente a R$68 no site de seu importador, a Mistral. Considero uma boa compra pela qualidade que entrega.
É elaborado pelo quarto ano consecutivo e tem um atrativo especial que é a história em quadrinhos no rótulo, revelando um diálogo em que não se consegue ficar sem "conversa". O produtor é a Niepoort, empresa familiar fundada em 1842 na região do Douro, famosa também por seus vinhos do Porto. É comandada por Dirk Niepoort, um dos conhecidos Douro Boys, grupo que reúne cinco produtores da região para divulgação de seus vinhos pelo mundo, mas também para a troca de experiências, sempre visando o aprimoramento dos vinhos que elaboram. Também fazem parte desse grupo a Quinta do Vallado, Quinta do Crasto, Quinta do Vale D. Maria e Quinta do Vale Meão.
O vinho passa 12 meses em barricas de carvalho francês (20%) e tanques de aço inoxidável (80%). A produção é limitada a 9.000 garrafas.
Na taça a coloração é rubi. Os aromas são intensos, com frutos vermelhos, especiarias, notas balsâmicas. Em boca é suculento, com taninos finos e acidez marcante. Muita fruta, notas balsâmicas e chocolate amargo formando um conjunto muito equilibrado. Final persistente, marcado pelos taninos mas ao mesmo tempo a boca salivando por conta da acidez. Palato com lembrança de bala de café. Álcool a 13%, sem incomodar.
Um vinho que não nega as origens portuguesas por sua intensidade e vocação gastronômica, mas com caráter moderno, agradando a paladares experientes ou iniciantes.
Avaliação VPT = 87 pontos.

Um comentário:
Comprei esse vinho no e-commerce da Maison Bertin. E realmente me surpreendi com esse vinho português, isso que não sou muito chegada a vinhos portugueses. Mais esse foi uma longa conversa mesmo, adorei o vinho e seu final. Repetirei a dose, certamente.
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