15 março 2011

Visita ao Chile - Viña Santa Monica

A mais acolhedora recepção que tivemos no Chile foi na Viña Santa Monica, no Vale do Rapel, no dia 14 de janeiro.

Não é uma bodega que receba cotidianamente os turistas, até porque atualmente ainda se recupera dos danos causados pelo último grande terremoto. Mas contamos com o auxílio do Júlio Schmitt, da Porto Mediterrâneo, que viabilizou nosso encontro com Don Emílio de Solminihac, proprietário e enólogo da vinícola, o primeiro chileno a se formar Bordeaux, ainda em 1953. Foi um encontro memorável.
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Na chegada fomos recebidos pelo genro de Don Emilio, que nos mostrou um pouco dos vinhedos, localizados nos arredores de Rancágua e rodeados pela Cordilheira da Costa. Algum tempo depois tivemos o prazer de conhecer o principal personagem daquela visita. Fomos simpaticamente conduzidos a cada uma das instalações da vinícola, que reúne grande modernidade e tradição em suas instalações. Ao lado de modernos equipamentos de vinificação há os antigos lagares de cimento e pipas de Rauli (madeira nativa do Chile). Algumas partes de galpões desabaram com os tremores, assim como alguns tanques de inox estão amassados.
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Terminada a visita fomos conduzidos ao jardim de um casarão do Século XIX, que estava coberto por uma lona por conta do desabamento de parte do telhado. No jardim nos esperava uma mesa com toda a linha Surazo para degustação. Essa linha recebe esse nome apenas no mercado brasileiro, por conta de questões envolvendo a marca Santa Mônica por aqui.
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Foi uma grande satisfação degustarmos os 14 vinhos na presença de um enólogo tão experiente e carismático. Foram 3 brancos, 10 tintos e 1 colheita tardia. O dia estava bastante fresco e mesmo com o sol aparecendo a degustação ao ar livre correu muito bem e os vinhos foram servidos à temperatura ideal. Ficou ainda mais evidente pra mim que esses vinhos são muito elegantes e com boa capacidade de guarda. Na verdade têm mais de Velho Mundo do que de Chile!
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Depois da degustação Don Emilio presenteou minha esposa com uma lembrança da vinícola, uma bela caixa de madeira com a logomarca gravada e me deu um Merlot da safra 1999, que está guardado esperando o momento ideal para abri-lo.
De quebra ainda fomos convidados para almoçar na cidade, acompanhados, claro, de algumas garrafas dos vinhos Surazo. Gentileza impagável!
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Um comentário:

Anônimo disse...

Que beleza Gil, que bom que você gostou. Fiquei com vontade de visitar o D. Emílio novamente.
Um abraço,
Julio Schmitt