A vida de blogueiro dá um pouco de trabalho. Mas no meu caso é um hobby, fazendo com que os momentos prazerosos sejam muito mais frequentes, como quando fazemos novas amizades. Virtualmente ou pessoalmente, nos aproximamos de pessoas muito interessantes e gentis.
Esse vinho me veio como um presente, que já seria ótimo somente pelo gesto, mas se revelou ainda melhor quando bebi o vinho. O gentil Daniel Aguiar, do blog Atlan Vitis (Natal-RN), me enviou uma garrafa desse vinho pelo correio.
Quando me falou do presente a primeira coisa que discutimos foi sobre as dificuldades que os Correios aqui no Brasil impõem para o envio de encomendas como essa. Na verdade, acho até que utilizam argumentos para que NÃO enviemos garrafas. Senti isso quando mandei 2 vinhos para o João Barbosa, em Portugal. Quase me pagaram para não enviar.
.
Mas chegando o vinho com uma embalagem muito bem feita pelo Daniel, fiquei muito curioso para experimentar, pela primeira vez, um vinho do Líbano. É produzido pelo conhecido Château Kefraya, que mantém 300 acres (121 hectares) de vinhedos no Vale de Bekaa, o melhor terroir do Líbano.
Os vinhedos ficam em altitude média de 1.000 metros, com verões secos e noites frias e chuvosas. A neve derretida auxilia na irrigação dos vinhedos e as uvas amadurecem em meados de setembro. Os rendimentos são controlados e relativamente baixos. As vinícolas utilizam uma combinação de técnicas antigas e modernas na vinificação.
.
Dados técnicos do vinho: é um blend de 7 variedades: cabernet sauvignon, syrah, cinsaut, mourvèdre, tempranillo, carignan e grenache. A fermentação alcoólica ocorre em tanques de inox e a malolática em tanques de concreto. Após 10 meses de amadurecimento em tanques o vinho é engarrafado, sem passagem por madeira.
.
Vinho de coloração rubi, sem traços de evolução. Aromas em boa intensidade e complexidade interessante: aromas lácteos, terra, queijo roquefort, frutos silvestres, especiarias, uma nova sensação a cada análise.
Na boca tem corpo mediano, mas bom volume. Taninos presentes, mas sem rusticidade. Acidez equilibrada e retrogosto com muita fruta. Final longo, com leve sensação tostada, apesar da ausência de madeira. Equilíbrio e elegância se juntaram nesse vinho que custa em torno dos R$50. Facilmente passaria por um vinho do Rhône. Pronto para beber ou guardar por mais 1-2 anos.
A vinícola o classifica como um "pleasure wine". Realmente!
Esse vinho me veio como um presente, que já seria ótimo somente pelo gesto, mas se revelou ainda melhor quando bebi o vinho. O gentil Daniel Aguiar, do blog Atlan Vitis (Natal-RN), me enviou uma garrafa desse vinho pelo correio.
Quando me falou do presente a primeira coisa que discutimos foi sobre as dificuldades que os Correios aqui no Brasil impõem para o envio de encomendas como essa. Na verdade, acho até que utilizam argumentos para que NÃO enviemos garrafas. Senti isso quando mandei 2 vinhos para o João Barbosa, em Portugal. Quase me pagaram para não enviar.
.
Mas chegando o vinho com uma embalagem muito bem feita pelo Daniel, fiquei muito curioso para experimentar, pela primeira vez, um vinho do Líbano. É produzido pelo conhecido Château Kefraya, que mantém 300 acres (121 hectares) de vinhedos no Vale de Bekaa, o melhor terroir do Líbano.
Os vinhedos ficam em altitude média de 1.000 metros, com verões secos e noites frias e chuvosas. A neve derretida auxilia na irrigação dos vinhedos e as uvas amadurecem em meados de setembro. Os rendimentos são controlados e relativamente baixos. As vinícolas utilizam uma combinação de técnicas antigas e modernas na vinificação.
.
Dados técnicos do vinho: é um blend de 7 variedades: cabernet sauvignon, syrah, cinsaut, mourvèdre, tempranillo, carignan e grenache. A fermentação alcoólica ocorre em tanques de inox e a malolática em tanques de concreto. Após 10 meses de amadurecimento em tanques o vinho é engarrafado, sem passagem por madeira.
.
Vinho de coloração rubi, sem traços de evolução. Aromas em boa intensidade e complexidade interessante: aromas lácteos, terra, queijo roquefort, frutos silvestres, especiarias, uma nova sensação a cada análise.
Na boca tem corpo mediano, mas bom volume. Taninos presentes, mas sem rusticidade. Acidez equilibrada e retrogosto com muita fruta. Final longo, com leve sensação tostada, apesar da ausência de madeira. Equilíbrio e elegância se juntaram nesse vinho que custa em torno dos R$50. Facilmente passaria por um vinho do Rhône. Pronto para beber ou guardar por mais 1-2 anos.
A vinícola o classifica como um "pleasure wine". Realmente!
.
8 comentários:
Caro Gil,
Post soberbo. Valeu pelo texto, valeu pelas informações e valeu todo o nosso esforço em "inaugurarmos" juntos o marcador para país - Libano. (por sinal vc precisa atualizar a coluna "Escolha o país" rs!)
Valeu pelo gentil. Gentileza arretada é a sua em poder aceitar de um aparentemente estranho virtual blogueiro do Nordeste brasileiro para aceitar o desafio de provar um vinho Libanês.
Fico feliz que tenhas gostado. Sabemos que não é um vinho top deste chateau, mas que dá para adentrar no Libano via vinho não temos dúvidas.
Quem sabe, aqui em Natal, provaremo um outro Libanês ou outros bons e enigmáticos vinhos?
saúde sempre!
Daniel
Deu água na boca esse comentário, rs. Foi uma surpresa saber que produzem vinhos de qualidade no Líbano. Obrigada.
Rachel
ando muito curisoso em relação aos vinhos libaneses, pois tenho lido e ouvido elogios. infelizmente não me parece que haja importador em Portugal :-(
Tomei esse vinho no Arabia da Haddock Lobo. Fantástico. Ele abriu com chave de ouro uma noite que lembro até hoje.
Vinho dificil de se encontrar.
Conheci Daniel e este vinho no magazzino, em curso ministrado pelo Marcelo chianca. Eh muito bom mesmo.
Conheci Daniel e o vinho libanês no magazzino, em curso ministrado pelo Marcelo Chianca. Muito bom mesmo!
Degustei ontem um 2008 deste mesmo vinho. Confesso que o primeiro contato na boca foi desconfortável, apesar precedido de um aroma delicioso e complexo. No entanto, o vinho foi se revelando e terminei a noite com a ótima sensação de haver degustado um belo vinho. Isto tudo somado ao inédito em estar provando um vinho Libanes.
Saúde e Paz a todos.
Túlio Mafra
Degustei um 2008 deste vinho, em um restaurante aqui em BH. Confesso que achei o primeiro contato na boca desagradável, embora o aroma que o precedeu tenha sido delicioso. Mas ao longo do jantar minha impressão inicial se rendeu à excelência deste vinho, que fechou com chave de ouro e despertou meu interesse e curiosidade por vinhos libaneses.
Postar um comentário