Vinho português tem que ter tipicidade, deve demonstrar características da região produtora, de suas uvas. Mas esse produto regional do Alentejo, produzido pela Terras de Alter Companhia de Vinhos optou por se parecer com um vinho do Novo Mundo. Aliás, às cegas não se teria facilidade em reconhecê-lo como um vinho português. Em sua elaboração foram utilizadas a touriga nacional (50%) e a cabernet sauvignon (50%). A própria vinícola reconhece no contrarótulo que os aromas dominantes são da TN enquanto em boca predomina a CS. Com passagem de seis meses em barricas de carvalho francês é melhor no aroma que em boca e apesar do estilo fugir do esperado, agradou bastante.
Na taça é jovem, com violáceo bem intenso. Lágrimas abundantes e rápidas. Aromas frescos e com boa complexidade: frutos vermelhos maduros, flores e destaque para especiarias. Tem corpo médio, com taninos dando leve rusticidade e baixa acidez. Retro-olfato repetindo nariz.
Final relativamente curto, mas gostoso. Lembrança de leve madeira e discreto amargor. Melhorou com um tempo de decantação, ficando mais amável, doce, com amargor ficando ainda mais discreto. Pronto para consumo, mas poderá melhorar em um ano. Obs.: no rótulo a vinícola opta por indicar as uvas, como se vê pela foto. Talvez tenha sido elaborado pensando-se no mercado do Novo Mundo, que aprendeu a ler os rótulos com essa informação.
2 comentários:
eu tb gostei desse, como te falei anteriormente.
Ponto pra Sociedade da mesa dessa vez.
abs
Buko
Buko, também gostei desse. Mas de todos que experimentei até hoje vindos da Sociedade da Mesa, o melhor foi o espanhol CONDADO DE ALMARA RESERVA 2003, que comentei em 10/07/2009.
Obrigado por mais um comentário.
Saúde!
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