Em março de 2007 comentei um syrah 2001 da vinícola Caliterra, que deixou saudades (relembre). A partir daí, sempre que encontro vinhos da vinícola fico pensando se o resultado será o mesmo.
Para acabar com a dúvida cruel, comprei este vinho por R$33, em julho, e deixei guardado. O resultado foi satisfatório, embora não tenha sido tão marcante quanto o syrah de 2001. Na verdade, trata-se de um corte entre cabernet sauvignon (76%), carmenère (21%) e shiraz (3%), passando 10 meses em barricas de carvalho francês e americano.
Na taça, coloração rubi, denotando jovialidade. Lágrimas em abundância, muito finas e lentas. Predominaram os aromas típicos dos CS chilenos, com frutos vermelhos maduros, pimenta e algum mentolado. Álcool aparente, incomodando um pouco. Madeira presente, mas sem atrapalhar o conjunto.
Na boca, corpo mediano, com taninos doces e leve aspereza, marcando discretamente o palato. Acidez marcante, dando refrescância ao vinho. Retro-olfato intensamente frutado.
Final de média persistência, com fruta discreta, marcado pelos taninos, mas sem ser rústico. Álcool apareceu novamente, com mais intensidade, chegando a incomodar.
Vinho melhor na boca do que os aromas sugeriam. Pronto para beber, embora possa melhorar com mais um ano de guarda. O ponto negativo ficou para o álcool, que destoou do restante (14,5%). Vale o que custa!
Um comentário:
O Vinho de novembro da Confraria de Enoblogs será o argentino Latitud 33 Malbec 2007.
Postagem para 1 de nov. de 2008.
Abraços.
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