Os vinhos com a uva bonarda têm feito sucesso. Já comentei um Nieto Senetiner e outro Don Domenico, vinhos que gostei bastante. Diante disso, não pensei duas vezes para comprar este vinho produzido pela Bodega Altos Las Hormigas, cuja história começa em 1995, quando Alberto Antonini (enólogo da Toscana) e Antonio Morescalchi (empresário) adquiriram 216 hectares de terras no departamento de Luján de Cuyo, província de Mendoza. Posteriormente, outros três sócios juntaram-se ao empreendimento, especializado em produzir vinhos com a malbec. Para este bonarda, criaram a marca Colonia Las Liebres.
Pela garrafa, paguei R$25, na Mistral, em março. É um vinho que não passa por madeira, nem é filtrado, sendo capaz - teoricamente - de demonstrar todo o potencial desta agradável uva. Mas o resultado não foi tão bom quanto os outros dois aqui já comentados. Talvez porque seja muito jovem ainda.
De coloração púrpura intenso, tem evidentes notas violáceas. Lágrimas abundantes, grossas, mas rápidas (13,1% de álcool). Aromas medianos, frutos vermelhos e toques vegetais aparentes. Leve, com taninos e acidez marcantes, álcool em destaque no nariz e na boca, que deixaram o vinho "quente". Final marcado pela aspereza dos taninos. Persistência mediana. Retrogosto agradável (frutas e vegetais), mas atrapalhado pelo álcool. Tem estrutura para melhorar.
Vinho correto, mas pouco interessante ainda. Ficou mais redondo com comida, mas não tanto que mereça um destaque especial. Não empolgou.
2 comentários:
Tomei este vinho e esperava mais dele. Não posso dizer que é um vinho ruim, longe disse. É até um bom vinho. Mas não tem charme, é rústico, forte, áspero, mesmo com a ausência de madeira. Eu gostei dele. Mas não tomarei outra garrafa. Já tomei bonardas melhores.
Degustei e não gostei. Depois verifiquei que é um vinho vendido em supermercadinhos na Argentina, na verdade um produto popular. Não entendo pq o Brasil importa um vinho deste.
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