O vinho tem coloração púrpura, intenso e cristalino, com muitas lágrimas no copo. Aromas moderados de frutas vermelhas maduras, lembrança de ameixa. Madeira quase imperceptível (quatro meses em barricas de carvalho americano, segundo o produtor).
Melhora muito na boca. Encorpado, com taninos marcantes. Equilíbrio entre taninos, acidez e álcool (14%). Potente, sem ser rústico. Retrogosto frutado. Boa estrutura e personalidade. Final de boa persistência, "amarrando" um pouco.
Em resumo, um vinho correto, potente e elegante ao mesmo tempo. Seco, mas fácil de beber. Vinho que poderá suportar tranquilamente mais 2 anos de guarda (em boas condições, claro).
Único senão: os aromas são muito discretos e não revelam de pronto a qualidade do vinho.
2 comentários:
Depois do documentario 'Mondovino', vemos que o vinho é, antes de uma garrafa, um rótulo e uma empreitada comercial, um ritual secular, que fortalece os vínculos do homem com a terra arada. Infelizmente, essa noção está em extinção, e a idéia predominante é de que o vinho é uma bebida exclusiva e que, quanto mais caro, melhor. Seu blog está de parabéns, pq desmistifica isso, mostrando que existe vinho verdadeiramente bom numa faixa de preço acessível.
Nossa garrafa também tinha um nariz discreto e tímido. No geral achamos um vinho bastante interessante.
Abs.,
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