Este é o terceiro vinho que comentamos para a "Confraria Brasileira de Enoblogs", iniciativa que conta com adesão de outros enófilos. Foi uma escolha dos amigos do Le Vin au Blog. Por esta garrafa paguei R$ 26, mas já estou acostumado aos preços exagerados do mercado de Uberlândia.
É um vinho produzido pela Vinícola Miolo, na Campanha Gaúcha, região ao extremo sul do estado, que faz divisa com o Uruguai.
No copo, coloração púrpura intenso, com intensa formação de lágrimas, grossas e lentas. Leve mancha no copo. Ao servi-lo, perceptível a untuosidade. Nariz farto, aromas de frutos vermelhos e maduros, algo de pimentão e tabaco. Um pouco de álcool no nariz, mas nada em exagero.
Taninos redondos, mas em extinção. Pouca acidez. Corpo de médio para bom. Sensação de boca cheia, frutada. Final de boa persistência, palato amadeirado.
Por ser um corte entre as tradicionais tempranillo e touriga (ícones na Espanha e Portugal, respectivamente), me pareceu que as características da tempranillo ainda prevalencem. A vinícola não indica o percentual das castas neste corte, mas tive esta impressão. Algumas características me lembraram o Fortaleza do Seival Tempranillo 2005, também produzido pela Miolo, já comentado aqui (relembre). Não parece ter 13,5% de álcool, como indicado no rótulo (alías, muito bonito).
Ponto negativo (talvez): um leve amargor, que pode muito bem não ser um defeito do vinho, mas uma característica sua.
Vinho bastante correto, macio, elegante e posso dizer que outras garrafas virão. Para os visitantes que me dizem sempre que ainda não confiam no vinho nacional, este é um bom exemplar pra se começar a mudar de idéia. Excelente relação qualidade-preço.
É um vinho produzido pela Vinícola Miolo, na Campanha Gaúcha, região ao extremo sul do estado, que faz divisa com o Uruguai.
No copo, coloração púrpura intenso, com intensa formação de lágrimas, grossas e lentas. Leve mancha no copo. Ao servi-lo, perceptível a untuosidade. Nariz farto, aromas de frutos vermelhos e maduros, algo de pimentão e tabaco. Um pouco de álcool no nariz, mas nada em exagero.
Taninos redondos, mas em extinção. Pouca acidez. Corpo de médio para bom. Sensação de boca cheia, frutada. Final de boa persistência, palato amadeirado.
Por ser um corte entre as tradicionais tempranillo e touriga (ícones na Espanha e Portugal, respectivamente), me pareceu que as características da tempranillo ainda prevalencem. A vinícola não indica o percentual das castas neste corte, mas tive esta impressão. Algumas características me lembraram o Fortaleza do Seival Tempranillo 2005, também produzido pela Miolo, já comentado aqui (relembre). Não parece ter 13,5% de álcool, como indicado no rótulo (alías, muito bonito).
Ponto negativo (talvez): um leve amargor, que pode muito bem não ser um defeito do vinho, mas uma característica sua.
Vinho bastante correto, macio, elegante e posso dizer que outras garrafas virão. Para os visitantes que me dizem sempre que ainda não confiam no vinho nacional, este é um bom exemplar pra se começar a mudar de idéia. Excelente relação qualidade-preço.
6 comentários:
Caro amigo, uma coisa que admiro no seu blog é enorme informação sobre vinhos que nunca ouvi falar, que não existem em Portugal.
Contingências de viver num país produtor. O acesso a vinhos vindos de fora é muito reduzido.
Um abração
Caro Confrade,
Validando a pesquisa dos nossos amigos do Le Vin au Blog, taí um vinho que eu compraria pelo rótulo.
Aliás, com 4 taças e meia na pontuação, comprarei mesmo.
Tenho sido um confrade relapso e ausente por total falta de tempo. Tão logo acerte a vida, estarei mais presente.
Grande abraço
Encontrei um "Oveja Negra Tempranillo-Touriga" safra 2006, em uma loja do tipo "wine-store" aqui em Porto Alegre por R$ 19,50.
E diferentemente do autor do post, eu daria 5 tacinhas para este vinho.
Um vinho encorpado, com boa persistência, ele combinou muito bem com uma pizza quatro queijos, os sabores não competiam..mas sim se reforçavam, e os 13,5% de graduaão alcólica nem chegam a aparecer.
Pelo preço que foi pago, é um ótimo vinho. Novas garrafas serão abertas nas noites frias de Porto Alegre - Brasil.
Marcha, obrigado por mais uma visita e pelo comentário. Fico feliz que tenha gostado tanto do Oveja Negra. É um vinho nacional que não perde para os chilenos, argentinos ou qualquer outro importado na mesma faixa de preço. Invejo o preço que pagou. Aqui em Uberlândia, fui assaltado ao pagar R$ 26,90. Hoje fui na mesma loja e está a R$ 33. Espero que não leiam este blog para aumentar os preços!!!
O que vocês acham do vinho Miolo cabernet sauvugnon/Shiraz? Me refiro àquela garrafinha de 500ml !
Prezado Anônimo,
os vinhos Terranova que conheço, ainda não passaram da categoria "BONS". Assim têm sido todos os produzidos no Vale do São Francisco. Alguns até sofríveis.
Pode ser que esta linha, que a própria Miolo tem divulgado como sendo "vinho de guarda", tenha mais potencial. Esperamos que seja assim.
Quando degustarmos o vinho, certamente postaremos nossas impressões.
Obrigado pela visita e comentário.
Saúde!!!
Postar um comentário