Devo confessar que não sou muito fã dos espumantes moscatéis. Acho doces e costumam ser pouco interessantes. Mas numa compra, recebi este exemplar de brinde. Daí, como diz a música do Jair Rodrigues: "eu não tô fazendo nada, você também...", resolvi abri-lo. No mercado, costuma ser encontrado na faixa dos R$ 18,00.
É um espumante produzido pela Vinícola Valmarino, surgida em 1997 no município de Pinto Bandeira, antigo distrito de Bento Gonçalves. Seus proprietários são Orval Salton e filhos, daí o nome Valmarino, uma homenagem à família Salton, originária de Cison di Valmarino, na província italiana de Treviso.
É elaborado a partir de uvas moscatéis (malvásia bianca e moscato giallo), pelo processo Asti, através de uma única fermentação alcoólica. No copo, apresentou coloração amarelo muito claro, com borbulhas persistentes. Com bons aromas florais (flores brancas?), é leve (8% de álcool), possui acidez discreta, mas é agradável e tem bom final, persistindo o frescor e o adocicado delicado da moscatel.
Um vinho bom, para ser bebido em qualquer ocasião (desde que servido entre 4º e 6º C, como recomenda a vinícola). Honesto, sem pretensões.
5 comentários:
Já estou olhando com outros olhos o tal de Moscatel. Feliz ano novo, confrade!
Caro Eduardo, agradeço o comentário. Há outros espumantes corretos feitos no Brasil com a moscatel. A Casa Valduga tem feito um bastante interessantes, que vou comentar em breve. Há outro, o Terranova, da Miolo, feito com uvas da região do Vale do São Francisco, no nordeste. Como disse na postagem, não sou admirador deste vinho, mas agradam ao paladar de muita gente, principalmente aos amigos que não se interessam muito por todos os detalhes de uma degustação. Grande abraço!
Costumo tomar mais Brut, porém para um fã dos espumantes a prova dos moscatéis é inevitável.
Tomei (muito) o Valmarino num casamento recente e estava bem correto. O evento foi regado a esse vinho que animou a todos até o amanhecer. Risos.
Isso me impede de uma avaliação mais precisa, porém eu colocaria os demais que provei nessa ordem:
Casa Valduga, Aurora e Terranova.
Aguardo sus opinião do último, mas para o meu gosto o considero fraco.
Leonardo
vivaovinho.blogspot.com
Leonardo, no ano passado fui a uma festa de casamento. Havia sugerido ao casal de amigos que pensassem a respeito do Prosecco da Salton. Não pensaram, ou se pensaram não compraram. Preferiram servir um italiano que provavelmente custou o dobro. Passei a noite bebendo arame. O gosto era bem esse, metálico. Na faixa de preço que comentamos por aqui, os espumantes brasileiros levam larga vantagem.
Quanto ao Terranova, concordo com você que ele deve ficar por último na lista. Não sei porque, mas os vinhos do Vale do São Francisco ainda não me convenceram muito. Esse negócio de ter até 20 safras no ano por causa do sistema de gotejamento é algo que ainda me soa estranho. É muita tecnologia pro meu gosto.
Grande abraço!
A crítica elogia muito os vinhos do Vale do São Chico, mas também não estou convencido.
Os tintos de syrah devem ter alguma chance de serem bons, bem ao estilo macio daqueles de Salta, como o Signos. A maturação extra dessa casta tem algumas vantagens.
O elogiado Terranova Shyraz, contudo não me agradou. Ainda muito potente e tânico para mim.
Só provando para tirar a dúvida. Dura tarefa! Risos.
A Salton realmente é uma vinícula de respeito. Vários rótulos me agradam. Espero provar o top deles (Talento, se não me engano).
Um brinde,
Leonardo
vivaovinho.blogspot.com
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