Antes de qualquer coisa, preciso esclarecer dois detalhes: na noite que degustei este vinho, fazia um calor tremendo, o que pode ter prejudicado um pouco as sensações, pois a temperatura do vinho variava de acordo com o passar do tempo, apesar das tentativas de mantê-lo fresco (perto dos 18 graus). O segundo detalhe está na foto. As manchas que se vê não são do rótulo, porque contrariando o que tenho feito, a foto foi tirada após o consumo. O rótulo é simples, com um "mapa do Chile" estilizado. Bem, vamos ao vinho.
Trata-se de um produto da joint venture criada entre a chilena Via Wine e a brasileira Miolo, que produz também as marcas Oveja Negra, DO e Sesmarias.
Os vinhos feitos com a uva syrah (ou shiraz) costumam ser espessos e potentes. Este, tem 13,5% de teor alcóolico, o que foi difícil de esconder nos aromas e final de boca, mas nada que não pudesse ser amenizado com a escolha do prato ideal, igualmente potente.
No copo, tem cor púrpura, límpido, denotando jovialidade, com lágrimas intensas e manchas no copo, típicos para esta faixa alcoólica. No nariz, boa fruta, que melhora consideravelmente com a agitação, acompanhado de aromas lembrando tabaco e fruta, que me pareceu amora.
Na boca, o grande trunfo é o equilíbrio entre os taninos, a boa acidez e notas adocicadas. Bom corpo e certa complexidade. Em razão da temperatura muito alta nesta noite, como disse, houve variações no decorrer do tempo, mas manteve-se com as características acima na maior parte do tempo. O final teve álcool a incomodar um pouco, mas tem fruta suficiente para manter o vinho em boa conta. Persistente e agradável. Excelente compra, por R$ 17,90.
Degustado em 24 de novembro de 2006. 
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