Esse vinho me decepcionou. No geral gosto muito dos vinhos elaborados pela Casa Lapostolle, e quando comprei esse que pertence a uma linha superior da vinícola, achei que tinha feito uma grande compra, apesar do preço (R$ 95). É que ele ficou um tanto distante do que espero de um Pinot Noir chileno. O frutado quase doce, o álcool e a madeira bem presentes estavam lá. Mas alguma coisa destoou. Se fosse uma banda, diria que alguns instrumentos estavam desafinados e tocando mais alto do que deveriam.
Na taça coloração púrpura, bem lacrimoso. Intenso nos aromas, frutos silvestres, fumo, menta e tabaco, em boa complexidade, dando a impressão de que seria um vinho bem melhor.
Na boca é que o problema surge. Tem fruta muito presente, mas com madeira se sobrepondo e parecendo estar "desconectada" com o resto do conjunto, sensação que me parece imperdoável para um vinho dessa gama. Taninos amáveis. Final persistente, com fruta e madeira. Álcool um tanto exagerado (14,5% de teor).
A passagem de 18 meses por barricas de carvalho talvez tenha sido exagerada. Mas, caro leitor, essa é uma opinião pessoal. Talvez você prove o vinho e ache que é o melhor Pinot que já bebeu na vida. Não desestimulo a compra, mas a esse preço eu não compro novamente.
Saúde a todos!
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2 comentários:
Interessante o post, porque esse vinho sempre é muito bem falado por todos os críticos, revistas, blogs, etc...
Será que não era essa garrafa especificamente? Ou talvez não fosse um dia ideal para degustação?
Parabéns pelo blog. É sempre muito informativo.
Luiz Carlos Macedo
Luiz, tudo isso que falou pode ter acontecido, mas não estou certo disso. A garrafa não apresentou problemas e depois de um tempo de "estrada" o dia interfere um pouco menos na degustação. É possível avaliar o vinho mesmo sem estar tão inspirado.
Mas, talvez, repita o vinho numa próxima ocasião.
Saúde!
Gil Mesquita
www.vinhoparatodos.com
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