09 janeiro 2010

Angelica Zapata Chardonnay Alta 2004

Certamente esse será um dos grandes vinhos que comentarei em 2010. Um ótimo Chardonnay elaborado pela Bodega Catena Zapata, que dispensa apresentações.
O vinho também dispensaria comentários, mas não resisti, até porque foi um
dos presentes que ganhei de minha esposa no aniversário do ano passado, em agosto. Também ganhei um Malbec 2004 da mesma linha, que ainda não abri. São vinhos com ótima aceitação no mercado brasileiro, que também receberá (ou já recebe, não sei) o Cabernet Franc.
Segundo informações da vinícola, as uvas para elaboração desse vinho vieram do Vinhedo Adrianna, situado a 1480 metros de altitude, em Tupungato, Mendoza. Passa 12 meses em barricas de carvalho francês e tem 13,9% de teor alcoólico (14% na etiqueta do vinho).
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Na taça uma linda coloração amarelo claro com reflexos esverdeados. Vivo, aparentando jovialidade apesar dos 5 anos.
Bons aromas. Boa complexidade, fruta, madeira e aromas terciários em equilíbrio. Não é exuberante no nariz.
Na boca tem bom corpo. Acidez em destaque. Notas doces. Macio e muito equilibrado. Leve lembrança tostada (defumado) no retro-olfato. Vinho com boa estrutura, gastronômico.
Final de boa persistência. Notas levemente cítricas e lembrança defumada. Álcool sem incomodar em nenhum momento. Vinho em excelente forma para sua idade. Coloração viva, ainda longe do amarelo dourado que é o próximo passo de sua evolução.
Vinho ótimo em boca, com acidez correta e final interessante. Poderia ser mais aromático, mas isso não diminui seus predicados: elegante, estruturado e com personalidade.
Obs.: o fato de ter sido um presente em nada altera minha avaliação, ok?

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5 comentários:

Anônimo disse...

Gil,

De fato esse vinho é um dos chardonnays mais regulares da Argentina. A pouco tempo atrás abri um Angélica Malbec 2001 que ainda possuia bastante fruta. Recentemente a Mistral passou a trazer o Cabernet Franc 2005 e o Merlot 2004, ambos por R$ 76. Na Argentina, pouco mais de US$ 20.

Belo post!

abraço


Jeriel

Administrador disse...

Jeriel, o que me incomoda mais é o preço desses vinhos no Brasil. Tenho um amigo norte-americano que dia desses me trouxe um catálogo de uma loja de lá. Vinhos que por aqui são encontrados na faixa dos R$80 são vendidos lá a US$9,90. Será que são só impostos sobre a importação?

Saúde e obrigado pelo comentário.

Flavio disse...

Olá!
Não sei se é só a carga tributária, mas o fato é que pagamos MUITO caro pelo vinho que consumimos. Fosse a preços dos EUA, Europa ou mesmo do Chile, na restrição orçamentária proposta para o blog caberiam produtos bem superiores.
Estive há pouco tempo em Santiago e me senti um perfeito idiota quando vi, por exemplo, que um Casillero del Diablo lá custa o equivalente a cerca de 12 reais. Comprei um Montes Alpha a 8800 pesos, o que dá menos de 30 reais (aqui não sai por menos de 80...)
E não sei se vc viu o comentário no blog do Luiz Américo, do Estadão (http://blog.estadao.com.br/blog/luizamerico/?title=brincando_com_o_cambio&more=1&c=1&tb=1&pb=1). Ele recebeu um catálogo de uma loja de Paris, e notou que um vinho brasileiro (Cuvée Giuseppe 2003) custa menos lá do que aqui. Será que a gente paga a mais de impostos mais do que custa para atravessar o Atlântico?
Abs, Flavio

Francisco Antero disse...

O preço do vinho no Brasil é mesmo revoltante. Há um site (wine-searcher.com), onde é possível ver preços de vinhos em diversas lojas do mundo. Fiquei louco quando vi o quanto o mesmo vinho custa no Brasil e nos EUA, por exemplo, independente da nacionalidade do vinho. Perdi a vontade de comprar vinhos mais caros por aqui.
Parece que há uma tentativa de reclassificar a tributação do vinho no Brasil, que hoje é de artigo de luxo, para item de alimentação. Vamos ver se aparecem uns enófilos no Congresso para por isso para frente...
Abraços.

Raphaelsuzini@hotmail.com disse...

Olá. Acompanho a anos seu blog, mas é o primeiro comentário.
Primeiramente, não é só o preço do vinho no brasil que é revoltante, o Estado abusa de nossa boa vontade em todos os setores.
Ainda sou novato no mundo dos vinhos, mas morando na fronteira com o Paraguai(Dourados - Mato Grosso do Sul) posso testemunhar que nossos impostos são realmente abusivos. O Casillero e o Alamos, que são os vinhos do dia a dia, encontro por coisa de 6 até 8 dolares.
Se algum dia quiser fazer umas comprar pra cá, ou conhecer bonito, email-me.