15 julho 2009

Malma Reserva Pinot Noir 2006

Gosto de vinhos da Patagônia, mas esse Pinot Noir produzido pela excelente Bodega NQN já está na curva descendente. O 2007, que já experimentei em outra ocasião, ainda está ótimo, mas este 2006 já não está mais em plena forma, com o álcool atrapalhando um pouco o conjunto. Pela garrafa paga-se na casa dos R$40.
Na taça um rubi brilhante, mais escuro e lacrimoso. Na temperatura indicada no rótulo para melhor consumo (18ºC) apresentou aromas moderados, típicos da variedade, com álcool aparecendo. Leve presença de madeira. Com a temperatura mais baixa, melhorou um pouco, mas o álcool ainda teimou em incomodar (14,5% de teor).
Os aromas modestos de frutos silvestres indicavam um vinho "meia-boca", mas melhorou muito no exame gustativo, com taninos já dóceis, com leve aspereza e boa acidez. Retro-olfato frutado e álcool dando mais potência do que o normal para um Pinot Noir.
Final persistente, com frutado marcante e madeira bem integrada. Como disse, já passou seu auge, mas ainda é gostoso. Pena que o álcool tenha desequilibrado em alguns momentos.
Segundo o rótulo, 15% do vinho passam por madeira americana e francesa, pelo período de 6 meses.

Um comentário:

Ricardo Gesteira disse...

Amigo,
Na verdade tenho pouco a contribuir com seus comentários. Esse Pinot Noir da NQN é um vinho que me agrada muito. No início desse ano abri uma garrafa de 2006 que estava excelente - bouquet frutado marcante que perfumou a casa -, porém, já nesse final de semana abri outra garrafa de 2006 em que o álcool realmente se acentuou, inclusive com a sensação térmica de aquecimento típica do álcool pronunciado.
Acho que realmente pode ser um sinal do início de uma queda.
De qualquer forma, o jeito é tirar a prova provando uma 2007.
Abraço,

Ricardo. (www.amigosevinhos.blogspot.com)