Quando fomos ao sul em outubro, minha esposa e eu começamos a visitar as vinícolas pelo distrito de Pinto Bandeira, em Bento Gonçalves. Uma região que pleiteia junto ao INPI o selo de "Indicação de Procedência", tal qual o Vale dos Vinhedos. Os vinhos por lá produzidos são chamados "vinhos de montanha", em virtude da altitude maior que no vale. Uma região linda, bucólica, que vale ser conhecida.
A vinícola Cave de Amadeu foi a segunda que visitamos e até voltamos no último dia, pois fomos muito bem atendidos e gostamos de como as coisas acontecem por lá: uma vinícola especializada em espumantes (pelo método champenoise), com produção limitada e bem cuidada.
Este espumante rosé custou R$34 no varejo da casa e compramos porque foi aprovado na degustação que fizemos. Um corte de três uvas tintas (algo inédito pra mim até então): merlot (50%), cabernet sauvignon (30%) e pinot noir (20%), com 12,5% de teor alcoólico.
Na taça, uma coloração cereja claro, com perlage fina e de média persistência. Espuma rosada. Aromas de boa intensidade, com lembrança inicial de fruta vermelha delicada (morangos e cerejas), aparecendo notas mais discretas de fermento e casca de pão.
Amplo em boca, bastante cremoso. Acidez moderada. Potente, sem ser alcoólico. Espumante mais gastronômico do que para aperitivos, mais encorpado que a maioria dos brut nesta faixa de preço.
Final de boa persistência, com frutado evidente e notas evoluídas de casca de pão, uma característica possível graças à fermentação na própria garrafa (com duração de seis meses mais um ano para amadurecimento).
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