Um espumante de qualidade deve ter até 12,5% de teor alcoólico, boa acidez, aromas fartos e deve ser safrado, senão corremos o risco de degustarmos uma mistura de uvas de diversas safras. Porém, não podemos esperar isso dos espumantes nacionais feitos com a uva moscatel, porque não têm a pretensão de serem grandiosos, mas apenas a de agradar aos consumidores em ocasiões informais.
Assim é que analiso estes espumantes e creio que este Aurora cumpre seu papel, com alguns senões. É um espumante produzido pelo método charmat, em que a segunda fermentação se dá em tanques de aço inoxidável (autoclaves). Um corte de moscato bianco e malvasia bianca. Não é safrado, mas o rótulo indica que a garrafa é do lote 001/07, pela qual paguei R$15,60 no Extra. Possui 7,5% de álcool.
No nariz, aromas de boa intensidade, cítricos, com algo de metálico e notas minerais, agradável. Pouca perlage. Bolhas irregulares, grandes e pequenas. Pouca acidez, o que diminuiu sua refrescância. Final curto, mas agradável. Fiquei com a impressão de que a sacarose acrescentada causou uma sensação exageradamente adocicada neste espumante. Soou um tanto falso. Ainda prefiro os moscatéis da Casa Valduga ou da Valmarino.
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