24 junho 2007

DFJ Ramada Tinto 2003

Este vinho é produzido pela DFJ Vinhos, fundada em 1998, no coração do Ribatejo tendo à frente o competente enólogo José Neiva Correia. Sua linha de produtos representa as principais regiões portuguesas, exportando cerca de 90% de sua produção. A empresa divulga ser responsável por 41% dos vinhos portugueses que entram no Reino Unido, uma marca significativa, sem dúvida.
Diante de dados tão favoráveis, comprei este Ramada Tinto 2003, um corte das uvas castelão (50%), tinta miúda (25%) e camarante (25%), pelo qual paguei $27 no representante local da Magna Import. O resultado, no entanto, foi decepcionante. Já adianto que me submeto, com todo gosto, às possíveis críticas, pois espero ter sido traído por uma garrafa defeituosa ou algo que o valha. Não é possível que seja tão desinteressante.
No copo, rubi tentendo ao granada. Boas lágrimas, apesar dos 11,5% de álcool. No nariz, notas vegetais e algo lembrando ferrugem ao fundo. Discreto frutado. Seco já no nariz.
Na boca, pouco corpo, com taninos ainda presentes. Seco. Pouco interessante. Final curto. Após alguns segundos, sensação de boca limpa. Parecia que não havia bebido vinho.
Enfim, um vinho discreto em todos os seus aspectos. Comum. Valeu pela experiência de degustar um vinho regional estremadura, região portuguesa que não havia sido comentada aqui. Só isso.

6 comentários:

Anônimo disse...

Amigo adorei teu blog...pena que fui achar so hoje..estou aprendendo muito...a vida no vinho e muito boa...uma garrafa e sempre uma descoberta..abraços

Administrador disse...

Tico,
agradeço a visita e comentário. Volte sempre e deixe suas críticas e sugestões.
Saúde!!!

Anônimo disse...

Prezado:
uma das coisas que mais admiro no seu blog é a sinceridade. Você realmente comenta o que pensa a respeito de cada vinho, mas admite as críticas. Isso é fundamental num mundo repleto de "senhores da razão".
Parabéns pelo blog.

João Barbosa disse...

Confesso que este nunca bebi. Já a empresa é conhecida, embora duvide da percentagem que indica sobre as exportações para o Reino Unido... mas isso são contas doutro rosário.
Já quanto ao Ribatejo, a região tem conhecido significativas melhorias dos seus vinhos. No entanto, não são muitas as casas a produzir vinhos da melhor qualidade. O Ribatejo é uma das mais tradicionais regiões vinhateiras portuguesas, mas esteve sempre mais virada para a produção em quantidade do que em qualidade.
Nas casas de primeira linha no Ribatejo está, sem dúvida, a DFJ, que também conta com produções na região vizinha da Estremadura. Apesar da qualidade, a DFJ não produz nenhum vinho de primeira linha.

Saudações

A nossa Azueira disse...

Ao Sr. João Barbosa


O que são vinhos de primeira linha?!

Provavelmente muitos dos que compram publicidade e jornalistas.
E não digo mais nada.

Anônimo disse...

Todo com razão. Mas não digam que não existem bons vinhos no Ribatejo e, em especial da Estremadura. Provem o bom tinto de Arruda dos Vinhos, fica ali mesmo ao lado de Vila Franca de Xira. Depois digam alguma coisa. Claro que esse não deve ser exportado para o Brasil. Pelo menos eu nunca o vi por estas terras.
Gustavo