O vinho verde é um ícone. Um produto único, retrato fiel das tradições vinícolas portuguesas. Produzido na região do Minho, noroeste de Portugal, é um vinho leve, normalmente com menor teor alcoólico, bastante acidez, refrescante e aroma frutado. Uma vez servido, percebe-se bolhas no copo; é o gás que sobra da fermentação (ou é adicionado) e que causa sensações lembrando "agulhas na língua", expressão comum para representar este fenômeno.
Produzido com uvas típicas portuguesas, tem o nome "verde" em razão de ser um vinho para consumo enquanto jovem, um vinho que não amadurece, contrapondo-se à idéia de vinho "maduro". Há também os que associam o nome à paisagem característica da região do Minho, sempre verde.
Como primeiro vinho verde deste blog, escolhi o Santola, produzido pela Caves Messias, fundada em 1926, produzido vinhos nas principais regiões demarcadas de Portugal. Outro vinho da vinícola já foi comentado aqui (relembre).
O Santola é produzido a partir das castas loureiro e pedernã. No copo, revelou aspectro citrino esverdeado, com alguma lágrima e formação de bolhas no fundo do copo. Aromas frutados muito tímidos. Algum toque mineral.
Na boca, lembrança de mel. Boa acidez, refrescante, com final limpo, mas de pouca persistência. Teor alcoólico de 9%.
Um vinho agradável, mas é provável que há muito melhores no mercado brasileiro. Por este, paguei irresponsáveis R$ 24,90. Encontrei alguns sites vendendo entre R$ 15 e R$ 17. Ou seja, ao preço que paguei, não é compensador. Desconsiderando o fator bolso, é um bom vinho. Nada mais.
3 comentários:
Esqueci de mencionar: o vinho vem com rolha sintética. Perde muito do charme. Vinho português em rolha sintética é muito estranho!
Espero que a minha oferta não tenha sido mal interpretada. Fui sincero quanto à vontade de oferecer um bom Vinho Verde. Calculo que não seja muito fácil encontrá-lo fora de Portugal.
Saudações
a rolha sintética é mais eficiente e eficaz que a cortiça, para desespero nosso. concordo, que perde muito o charme.
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